O Orkut é algo que me fascina e ao mesmo tempo me deprime.
Me fascina porque ele consegue provar que a "teoria dos 6°" é real. Pra saber mais pesquise no Google a teoria tá?
Voltando. Me deprime por que?
Porque nos torna indiferentes, mais frios, mais automatizados em demonstrar ou não os sentimentos. Cumprimentamos alguém pelo aniversário, só porque está lá, quase que nos forçando a fazê-lo.
E cumprimentamos com nossas palavras? Não! Mandamos um recado pré-montado dizendo apenas "parabéns". Pode ser mais frio?
Como podes ver no Orkut de alguém, através de frases, que a pessoa passa por dificuldades e ficar indiferente?
Nem pergunta: E ai? Tá tudo bem? Posso ajudar? Se precisar estou aqui.
Simplesmente você olha, lê e continua a vida.
Agora, reflita: Se ela está no seu grupo de "amigos", você deveria se importar com seus amigos, certo?
E isso se reflete na vida real.
Assim como você faz com o necessitado que te pede um prato de comida em plena hora do almoço e você diz: "Não tenho nada!". Sua mesa está farta de alimentos. Você, come e até joga fora (isso vale muito pra mim mesmo). Nem agradecer à Deus por ter tanto o que comer você faz. Quem agradece pela comida que tem, antes das refeições?
Eu não nego comida. Nego dinheiro. Que isso fique claro aqui.
Voltando.
Você passa pela senhora que pede esmolas e nem um sorriso você consegue dar. Nem levantar a cabeça. Não a fita com os olhos. Apenas passa por ela como se ela não existisse. Ela é invisível.
Invisível porque sofrimento, só quem passa, quem o sofre é que vê, que sabe quanto dói. Você, no seu caminhar pela rua, com seus próprios problemas, fica indiferente, insensível aos sentimento e sofrimento invisível do próximo.
Quantas vezes não escutamos: "É preciso amar o próximo como a si mesmo".
Virou até música né?
Outra reflexão: Amamos o próximo como nos amamos? Ou não amamos o próximo, porque não nos amamos?
Hoje teve interativa social na sala de aula e esses eventos me deixam tenso demais. Não tenho muita amizade com o pessoal da sala, sei o que eles pensam de mim e ali era um momento de enfrentá-los, de me expor... sozinho!
Sem amigos, sem respaudo de ninguém. Só eu e eles. Dezenove contra um.
Eu precisava de um contato amigo, de uma palavra de alguém pra me dizer: "Você vai se sair muito bem, Relaxa e vai!".
Mas não tive esse "afago". Eu estava ali, com um sofrimento só meu.
Subi pra sala de aula e sentei-me ao lado de uma menina. Angélica. Ela é gente boa. Trabalha comigo e por força deste distino, ela é com quem mais tenho papo.
A interativa social é algo que eles chamam de "amigo secreto". Estranho isso, porque amigo mesmo eu não tenho nenhum naquela sala. Bom, eu aceitei e fui.
Foi bacana. A Angélica me apresentou pra Denise. Denise e Angélica são noivas de outros carinhas da faculdade e já fazem os planos de casamentos e tudo o mais e esses assuntos me agradam. Falei dos meus e dividimos os sonhos, elas falaram sobre os noivos, eu falei sobre a minha namorada e fiquei mais descontraído.
Ganhei um livro de presente da Ana Cláudia Sgobbi. Amo ganhar livros de presente. E ela acertou em cheio! Fiquei contente. Até sorri. =)
Dei uma caixa de sabonetes aromatizados com cremes e sei lá o que mais do O Boticário. A presenteada foi a Simone. Gosto dela. Ela também não fala na sala de aula, assim como eu.
Resumindo. Gostaria de propor uma reflexão: Não amamos o próximo porque nãos nos amamos? Se nos amamos, por quê ignoramos o sofrimento alheio? Ou por quê não nos alegramos com a felicidade de nossos amigos, irmãos, parentes ou amigos de amigos do Orkut que seja?
De novo, estou 20%. E estou profundo demais.
Uma hora eu paro com isso.
Quisera eu ser insensível como você.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
INDIFERENÇA
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