quinta-feira, 9 de junho de 2011

MASKS

Ela diz: "Não sei... Tenho medo de me apaixonar, de me entregar e depois quebrar a cara..."
Ele diz: "Que isso!? Você me conhece há tanto tempo... Sempre demos certo. Por que estragaria agora? Você é o que eu sempre quis..."
Ela diz: "Okay. Vamos namorar".

Não quero causar polêmica. Mas naquele instante um monstro nascia. Nascia nada! Ele sempre esteve lá. E está em todos nós. Em uns, está mais. Outros, está menos.

Todos nós usamos máscaras para esconder um monstro que há dentro de nós mesmos. Se mostrássemos sempre o monstro, a vida seria insuportável e solitária e como diz o poeta, ninguém consegue ser feliz sozinho.

E a máscara segue. Você a usa o tempo todo. Há pessoas que tem apenas uma. Há outras que usam várias, para cada tipo de grupo social ou situação.

Ninguém se conhece o próximo até que uma ferida seja causada. Pode ser uma discussão, pode ser uma agressão física, pode ser um "não" que se dê à essa pessoa e aí, Lúcifer encarna nessa pessoa.

Ela muda a cara (a máscara cai), mudam as atitudes, mudam os hábitos, comportamentos... Você dorme e acorda do lado de um monstro. Um ser que você nunca viu na vida, mas esse novo ser matou aquele ser adorável pelo qual você se apaixonou.

E você se pergunta: "Mas o que eu fiz? Onde foi que eu errei? Onde eu deixei aquela pessoa?".

Em lugar nenhum. Mas você não conhecia essa pessoa. Simplesmente precisava de um momento de distração para saber quem realmente era a pessoa que estava ao seu lado. Quando distraída, ela usa a verdadeira face, afinal, ninguém se esconde pra sempre.

Vou falar de um caso meu, pessoal.

Eu sou sociopata. Não gosto de seres humanos. Gosto de alguns poucos. Aglomerações então... Aff!

Há quase 7 anos atrás, eu tive uma namorada. E fui o tempo todo um ator. Fingia que gostava dos amigos dela, fingia que me importava, fingia muitas coisas.
Aí um dia, o meu monstro apareceu. Explodi, perdi a cabeça, sai correndo, gritei, esbravejei... E o resultado? Fim do namoro.

Quando eu conheci a Bárbara, há um ano e dez meses atrás, eu sabia que gostava dela, desde o começo. Gosto dela mais do que qualquer outra pessoa na minha vida. Ela é a mulher da minha vida.

Bom, eu decidi que se quisesse que isso desse certo, deveria ir nú, sem máscaras, sem mentiras, sem nada daquilo que estraga a felicidade. Deveria ir como eu mesmo.

Se ela aceitasse ficar do meu lado durante a vida, ela deve, ela tem o direito de saber quem sou eu. E eu lhe dei esse direito.

Hoje, depois dela ter visto meu monstro, ter me visto sem máscaras, desculpas ou mentiras, eu posso dizer que ela me ama.

Me ama nos defeitos, me ama nas qualidades (que são poucas, mas superirores aos defeitos) e eu a amo.
Do jeitinho que ela é. Com seus defeitos, qualidades que só ela tem.

Um dia ela expressou uma preocupação, um tipo de dúvida com relação à inteligência. Namorei muitas moças inteligentes, de QI alto, assim como o dela.

Mas eu disse à ela: "Bá, você me dá muito mais. Algo que não vem com o QI, mas vem com o coração. Você cuida de mim, me ama como sou, me atura, me aceita... E faz aquele feijão que eu amo!".

Aprenda com os erros, mas não os fique remoendo. Fez merda? Limpa e segue em frente.

Ninguém, nunca conhecerá uma pessoa por completo, até que situações extremas façam com que as máscaras caiam.

Até o próximo.

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