segunda-feira, 5 de abril de 2010

PENSAMENTOS

Eu cometo muitos erros. Muitos mesmo.
Tenho vários defeitos.Ou características da minha personalidade, que, quando vêm à tona, tornam-se defeitos.

Dentre estes defeitos eu tenho alguns dons. Dons, caso não saiba, é algo que não se aprende, não se adquire. Você simplesmente tem.
Um dos meus dons é a mediunidade. Isso mesmo. M.E.D.I.U.N.I.D.A.D.E.

A mesma mediunidade que Chico Xavier (que completaria 100 anos se vivo) tem, eu tenho.
Uma das "habilidades" em ser médium é ter contato com o desconhecido. Saber um detalhe antes de todos, poder antecipar-se à um fato, sem alterar o curso das coisas.

Mas essa mediunidade só é boa, só vale de alguma coisa quando se ajuda o próximo. A mediunidade só serve quando ela traz benefícios, tanto ao médium quanto para quem recebe a mensagem ou o auxílio. A mediunidade só serve quando sob controle.

A minha não é assim. Eu não escrevo livros, eu não ajudo ninguém, eu apenas vivo uam vida paralela. Vagando por aí entre mortos e vivos e eu acabo me confundindo.

Acabo vendo coisas que eu não preciso ver e o resultado são REAÇÕES e não ações. Quem reage não pensa. Quem não pensa corre um risco muito alto de perder tudo o que conquistou. Por uma simples reação.

Aconteceu comigo.
Perda de controle. E o lado que eu mais tentei esconder por tanto tempo surgiu. A minha parte monstro.
Tudo isso por conta de ter visto algo que não precisava ver (mediunidade sem controle) e de não ter pensado para dizer algumas palavras. Eu até pensei depois de um tempo, mas só aumentei a ferida.

Dormi. Dormi na rua. Acordei no meu quarto. Tomei decisões que mudarão minha vida pra sempre.
Decidi ser mais humano, mais normal. Quero uma vida simples ao lado da Bárbara. Quero uma casa, móveis, plantas, quadros, um quarto com cama de casal e ela comigo. Mais nada.

Eu escolhi a simplicidade de viver a vida e negarei a complexidade de viver a morte.
Eu escolhi VIVER!

Quero viver a simplicidade de meus próprios pensamentos, minhas vontades e as minhas ações. Quero viver a simplicidade do amor que me foi confiado e de simplesmente olhar nos olhos dela e ver os meus olhos refletidos ali. Escolhi não ter mais a obrigação de criar os meus poemas ternários/quaternários e de rimar tudo.

Eu decidi ser mais simples, sintetizar mais as coisas. Eu escolhi assim.

Quero ser humano. Quer ser só da Bá.
Bá, eu quero nossos sonhos realizados como estão sendo planejados. Quero estar ao teu lado para cuidar dos teus sonhos e ser o teu porto-seguro sempre que precisares. Estarei melhorando sempre, por mim e pra você.

Te amo muito. Amarei por toda a minha vida, até que o último suspiro de vida saia de meus pulmões.
Obrigado pela paciência, por estar comigo sempre e por me amar como me amas.

Antonio Carlos Guerra Nomellini.

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