SOU VOCÊ - Letra de: Caetano Veloso - Intérprete: Toni Garrido

Bárbara, essa música compila basicamente o que estou sentindo e a forma como vivo de hoje em diante.
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Mar sob o céu, cidade na luz
Mundo meu, canção que eu compus
Mudou tudo agora é você

A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você

Minha mulher, meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade

Lua no mar, estrelas no chão
A seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você

Levanta o sol do meu coração
Já não vivo nem morro em vão
Sou mais eu porque sou você.


Bá, eu te adoro.

BÁRBARA

O mesmo perfume na tua pele é melhor
O mesmo vestido na vitrine não fica tão bem
quanto em você

Um sonho sonhado por você é mais lindo
Seu autorretrato está sempre sorrindo porque
gosta de te ver
Sorrio também

ai ai, eu sei
você é o meu lugar
meu reino encantado, meu ninho,
minha sala de estar
ai ai, nós dois
oi oi, num cartão postal
quero estar contigo até o final

Na sua memória o passado é perfeito
A linha da vida da sua mão toca no meu peito
Vai me acompanhar
Já não tem mais jeito não

ai ai, eu sei
você é o meu lugar
meu reino encantado, meu ninho,
minha sala de estar
ai ai, nós dois
oi oi, num cartão postal
quero estar contigo até o final

No seu coração o meu amor é maior...

ESSE SEU OLHAR

Ando contra o tempo
Vou correndo quando dá
Tenho que ir à pé
Sem muita fé não chego lá

Com o passar dos anos
Eu aceito o que se diz
Sem entender por quê
É bom saber chorar pra ser feliz

Meu refúgio
Minha redenção
É ver você acreditar em mim
Com força e precisão
Esse seu olhar
É minha salvação

Trancos e barrancos
Volta e meia, outro lugar
Abre-se a paisagem
A viagem é não chegar

Hoje todos fogem
Do que ontem era lei
O sul já virou norte
Foi por sorte que eu encontrei

Meu refúgio
Minha redenção
É ver você acreditar em mim
Com força e precisão
Esse seu olhar
É minha salvação

E meu alívio
Minha proteção
É ver você me incentivar assim
Não há mais confusão
Esse seu olhar

Esse seu olhar!

DESABAFO.

Hoje não tem poema! Não tem canção!
Hoje eu vou falar o que está preso no coração.
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Vem ai o FESTIVAL DE INVERNO. Um evento espírita. Eu fui espírita ao longo de toda a minha vida, mas parei de frequentar as reuniões, parei de trabalhar pela doutrina, parei de dar estudos e tudo o mais por conta de coisas chatíssimas que aconteceram no passado.

E entrei para a Assembléia de Deus.
Quem me conhece (e são poucos, conta-se nos dedos de uma mão e olha lá), sabe que eu sou um homem muito racional. Questiono tudo e se Deus é meu amigo, responderia às minhas perguntas.

As experiências que tive junto aos evangélicos foram de uma riqueza imensa, aprendi coisas que não tem valor, aumentei minha fé e descobri o poder que ela tem. A fé não é racional. Não se explica. Apenas se sente.

Questionei Deus. Sinto que me levei ao limite enquanto buscava por respostas para tudo o que havia vivido até aquele momento. E Deus me respondeu. Não me questione acerca de como foram me dadas as respostas. Foram inúmeros meios que Ele se valeu para poder atender esse homem que lhe escreve.

O que eu quero dizer é que, recentemente, descobri que pessoas muito próximas a mim, pessoas em que eu confiava demais, estavam dizendo más coisas de mim pelas costas. Eu virara um traidor. E isso me abateu. Depois eu sorri.

Sorri porque sabia que eram mentiras. Sorri porque pra quem importa nesse momento e aqueles poucos que me conhecem, sabem que eu não sou um traidor. Nunca fui e nem serei. Não sou assim.

E dia 22/08 eu vou estar em um ambiente espírita, depois de quase dois ou três anos sem pisar em qualquer evento desse tipo. Sei que lá estarão as mesmas pessoas que me julgaram, que me condenaram e já espalharam por aí que o motivo de eu ter ido pra Igreja era uma mulher.

Não era. O motivo eram eles mesmos. Eu estava cansado de ser quem eu não era e precisava de uma mudança. Mudei e agora posso voltar. Aguardem. Aqueles que falaram vão desejar terem nascido mudos. Vão desejar que fossem cegos.

A vontade de viver me pegou e eu cansei de duvidar, e o melhor que faço é fazer o que sei.

Já já eu escrevo um poema. Mas eu precisava desabafar.

Obrigado.

PARA VOCÊ

O teu perfume está ainda em mim
Um pedaço meu está com você.
E esse pedaço que eu te dei,
é o melhor de mim, que há muito tempo guardei.

Seu carinho e seu respeito
E mais aquilo no seu peito
Tudo o que eu guardei
Tudo aquilo que eu entregarei.

E o tempo para nós não existe.
Todas as regras sob as quais eu vivia
Eu nem notava que existia
Até te encontrar.

Todas aquelas regras de se relacionar
Todos os meus muros, você soube escalar.
Tudo, mas tudo é tão novo ao teu lado.
É um renascimento, me sinto renovado.

Graças à você.
Você é: Bárbara!

(sem título)

Controlar o seu destino
como quem relê um livro velho
Não sei se é o melhor
esses capítulos reais, amiga
não reprisam mais

Já passou ao vivo, em cores,
em perfume e som
A vida é um pouco uma transmissão
pra quem captar os seus sinais
pra quem for muito perspicaz

Ah, solte um pouco o freio
deixe de receio
encare mais os fatos
sirva ainda frio seu coração
Seu fogo não se espalha
Excesso de razão
é como opinião
Se não ajuda, atrapalha

Planejar é um tipo de mentira
É jogar no faz-de-conta
de daqui a um mês
Prever os créditos finais
parando pros comerciais

Muita espera dá em nada
quando chega logo passa

NÃO ME POUPE - Por: Habacuque Lima

Até onde eu me lembro
você mandava cartas
me contando como é que havia sido seu dia
Até onde eu me lembro
eu sempre lhe respondia

Até onde eu me lembro
você veio sem grana
pra morar de favor na casa de um amigo
Até onde eu me lembro
você vivia comigo

O que aconteceu?
eu preciso descobrir
Então não me poupe
Tudo que eu disser
você pode usar contra mim

Até onde eu me lembro
você achava graça
na bagunça da casa
na desordem da pia
Até onde eu me lembro
a gente se divertia

Até onde eu me lembro
você nunca falava
dos seus planos futuros
dos problemas da vida
Até onde eu me lembro
eu era a garantia

O que aconteceu?
eu preciso entender
Então não me poupe
Tudo que eu disser
você pode usar contra mim
Seja o que Deus quiser
como o diabo quer

Até onde eu me lembro
você fez sua mala
com as roupas mais velhas
com o livro que lia
Até onde eu me lembro
a mala estava vazia

Te levei até a porta
mas não quis esperar
Te empurrei uns trocados
nem desci as escadas
Até onde eu me lembro
era você quem chorava

O que aconteceu?
eu preciso esquecer
Então não me poupe
Tudo que eu disser
você pode usar contra mim
Seja o que Deus quiser
como o diabo quer
Não me poupe
Tudo o que eu disser
você pode usar contra mim
Seja o que Deus quiser
como o diabo quer

VIAGEM

Faz
frio no verão
falta o teu olhar
Pra poder me aquecer
Quando a noite
vem
pra me acompanhar
quando perceber
Que ir depressa ou devagar
Agora tanto
Faz
Vou
mergulhar de vez
nessa expedição
Eu preciso me encontrar
vou sair pra andar
Dar
tempo pra nós dois
o melhor de mim
Você não está mais só
Aonde você for eu
Vou

ROUND 1

Hoje eu estou inspiradíssimo!

O que será que acontece?
Por que será que acontece?
Acontece?
Aconteceu?

O futuro nos olhos teus
É o presente que Deus me deu.
A paz que se esqueceu
Que um dia aconteceu.

A inspiração voltou
O Sol brilhou
E a rima nuca mais falhou.

De quaternários e terciários
A estrutura do meu poema se baseia
Mas sem uma musa, sem a inspiração
São apenas palavras alehias.

E o que acontece é que eu não sei mais nada
Não tenho controle sobre meu coração
E o cérebro tenta segurá-lo com a razão

Pobre deste ser pensante
O medo, oh dominante
O cérebro não tem mais forças, vai se entregar
Deixar o coração se arriscar, mais um salto, por um triz!

Vai coração, vai ser feliz.

ACONTECEU

Aconteceu
Estrelei um papel que não era meu
na sua vida
Não tive talento
Fui desatento
Não decorei sua cor preferida
Não tive saída
Aconteceu

E num palco vazio você me deixou
a luz se apagou
Não li o roteiro
se o mundo inteiro
pudesse aplaudir a cena que eu inventei pra nós dois
Mas não tenho escolha
Agora adeus, adeus
Não tenho escolha
Adeus
(eu peço desculpas)
Adeus

SOBRENATURAL

A vida era longa
Às vezes distante
Meus olhos eram ainda
Diamantes.

Já chorei à beça
E de hoje em diante
viraram rubis.

Livros, testamentos, uma folha de jornal
Dizem, fiquei fora por tempo demais
E aquele agora ou nunca ficou pra trás

A vida é curta, mas não é pouca.
Todos os meus caminhos
Começam com um pé no chão.

O que não disseram é que voltei diferente
E que o meu agora
É daqui pra frente.
Nada me amarra
Passado é propulsão!

Hoje quando o sol saiu
Eu resolvi voltar.

O QUANTO ESPEREI

Luto para ir até algum lugar
Onde eu possa ser só teu e você só minha.
Tanto aprendi, tanto que eu vivi e de nada adiantou.
Este estado etéril, o que mais me agradava agora me puni
Mistério.

Quando cada momento dura segundos a percorrer o mundo
e meu coração bate atrás desse meu muro
eu juro
já não não sei por quanto tempo mais vou segurar
essa vontade de te desvendar.

A entrega demora, não tem data marcada
Se eu me perdi, quase destrui toda construção
Fugi desse meu mundo e fui atrás de qualquer lugar
onde eu pudesse com você estar.

E agora eu te tenho!
Toda a espera está sendo recompensada
e enfim, tudo aquilo que eu aprendi a ser
faz sentido e eu não sabia que seria pra você

Todo romantismo, cavalheirismo
todo meu carinho te darei
e só eu sei, e você saberá
o quanto esperei.

Borboletas

Apesar de eu acreditar que algumas pessoas já morreram e andam vagando por ai com seus corpos vazios, e a despeito de eu me enxergar dessa maneira, eu estou confuso.

Há uma semana vivo uma experiência nova e confesso que é um turbilhão de sentimentos e sensações que nunca havia experimentado.

Eu, tradicionalmente e reconhecidamente, prefiro as situações onde eu tenho o controle, sei de cada passo que estou dando e até sei qual o próximo passo das outras pessoas.

Nesse caso, não sei. Eu não tenho controle sobre a situação, não sei o que ela faz, vai fazer ou já fez.
Nada sei!

E isso é absolutamente novo. Medo? Tenho! Muito.
Apesar de tudo o que ela me diz, me faz sentir valorizado, é um amor de pessoa, a Bárbara é um mistério.

A minha ansiedade está em querer desvendar alguns mistérios dela e enfim poder tirar essas borboletas do meu estômago. Oh sensação estranha.

Até.

ULTIMO DESEJO.

O zumbi.

O zumbi vaga pelo mundo, por ruas, becos, se espreita e aguarda. Ele observa à todos.
Usa máscaras diversas, apenas para poder se encaixar num grupo da sociedade.

Todos nós aguardamos o carnaval ou halloween para usarmos máscaras, nos ocultarmos atrás de falsas idéias de nós mesmos e de nossa personalidade. Fingimos. Mas isso, todos nós sempre fazemos.

Eu faço o ano inteiro. E finjo ser alguém que não sou. Uso uma máscara que ganhei há uns 7 anos atrás, de uma pessoa mui querida minha.

E hoje em dia, eu percebo que deveria ter usado mais essa máscara.

Nossa, o sono me invadiu...

O que eu quero dizer à você é: Eu sou um vampiro, um ser que não tem luz, não tem vida e apenas passa a vida à espera de alguma coisa, algum sentimento. Uma namorada me cairia bem agora. Bom. Não permita que você se torne um vampiro, um zumbi sem sentimentos.

Viva! Viva sempre intensamente, aprofunde-se em toda relação, seja ela de amizade ou amorosa.
Permita-se ser feliz. Se joga de cabeça, sinta o frio na barriga que dá, sinta a alegria de poder se satisfazer.

Eu não fiz nada disso e hoje em dia vivo pelos escuros da minha própria vida, vagando por ruas desertas, lugares de minha memória, já abandonados, sinto o silêncio e aqui ninguém entrou ainda.

Não vivi quando poderia e agora vivo implorando por atenção, carinho, amor, um olhar aigo que fosse.

Por favor, meu último pedido: VIVA!

Pos sem nome definido.

Oi. Tudo certinho?

Você sabe que eu só escrevo no blog quando estou transbordando sentimento. Normalmente, são sentimentos de revolta, angústia, ódio, desejos ruins para pessoas ruins ou que me ferem de alguma forma. Gosto de fazer você pensar sobre a vida, enfim... O papo aqui é profundo.

Só que nesse mês de Julho, muita coisa aconteceu.

Caso não saiba, faço aulas de dança de salão há três meses e eu evolui muito rápido. Tenho jeito pra dançar e vou até participar de uma apresentação, no dia 18/08/2009 no Theatro D. Pedro II, aqui em Ribeirão Preto.

Uma coisa leva à outra. Existe uma senhora, de quem eu gosto muito, que dança com nosso grupo. A Rita, ela é um amor de pessoa. Educada, divertida, elegante. E ela tem uma filha.
A filha da Rita tem 20 anos. Uma gracinha de menina. Faz ballet, é bem humorada, inteligente, trabalhadora. Temos muito em comum, pessoas em comum do nosso passado negro (risadinha), sonhos, desejos e até algumas ansiedades.

E conversamos muito. O papo não é aquela coisa chata, é realmente um diálogo.
Pela primeira vez, em anos, eu não tinha uma experiência bacana assim.

Sabe? Não quero (mas sou) ser precipitado, atropelar as coisas, mas tenho um bom pressentimento vindo por ai.

Coisa muito boas, viagens, as férias, tudo isso foi tão bom no mês de Julho, mas no final do mês, uma coisa triste aconteceu.
Como diz o ditado: Há males que vem para o bem.

Seria esse meu caso? Será que agora, finalmente, acontecerá um bem pra mim?
Teriam minhas lágrimas e meus tormentos um final, enfim?

Eu, do fundo das minhas razões (porque o coração parou por enquanto), quero muito que isso tudo dê certo.

Sou merecedor de um pouco de felicidade também não é?